sábado, 22 de maio de 2010

Em mim.

Eu corria. Apenas fugia. Estava dentro das minhas ilusões, pensamentos diversos e surdos. Refletia sobre o tudo. Ou melhor, o todo. Aquela tonalidade de idéias integradas, mas ao mesmo tempo, incoerentes. O objeto direto da minha expectativa mental é ter criatividade suficiente para começar algo novo. Essa nova idéia aglutina em mim, em busca de uma finalidade nova. Um ideário, um imaginário, sou pura falta de imaginação, de atrativos. Uma ressonância desafinada de timbres me incomoda, o que pensar?  Falta-me cor, lacunas de luz em minha mente, buscar idéias pela raiz, arrancá-las num tombo só. Quero vida , quero preencher essas lacunas que me faltam, quero preenche-las com o todo. Tantas críticas em torno da razão, mas ninguém consegue chegar a algo característico, único e comum. Mais ainda, sociável. Quero racionar o presente, descomplicar o futuro, refletir o passado. Essa paranóia interna me absorve me tira o gozo da vida, é incessante! Até quando eu descobri que nas minhas fantasias a criatividade reina solta, e descobri que a minha agonia era pouca, minha falta de êxtase era exagerada, estava em transe, estava em estado de psicose. 

Carolina Cardeal




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